Mercedes-Benz Atego, Actros e Axor

No universo dos automóveis, a estrela da Mercedes-Benz sempre apontou o caminho do requinte. Na linha de caminhões, porém, a marca se destacou pela precisão de construção e robustez de seus veículos. Mas isso vem mudando de uns anos para cá. A engenharia refinada e o padrão construtivo continuam lá, mas agora, e cada vez mais, o mercado de carga valoriza o conforto e o luxo dos modelos. Não é um consumo irracional de tecnologia. A eletrônica aplicada aos caminhões faz parte de uma equação que maximiza o lucro. Estes novos recursos visam impedir erros na operação, reduzir os custos de manutenção e melhorar a economia de combustível. Junto disso, o aumento do conforto do motorista reduz a fadiga no trabalho, o que melhora a produtividade. Itens como cabine com cama dupla, assentos e cabine com suspensão, já presentes no extrapesado Actros, agora chegam também ao pesado Axor e no semipesado Atego. A versão topo do semipesado Atego, 2430, e a linha Axor ainda têm um requinte a mais: o opcional do câmbio automatizado PowerShift. Além disso, Axor, Actros e Atego 2430 receberam melhorias no eixo traseiro, sempre em busca de uma performance otimizada.

O objetivo explícito da empresa é retomar a liderança geral entre caminhões, perdida há mais de uma década para a Volkswagen. Mas o caminho que a montadora busca não é tão óbvio. Em vez de criar produtos de menor custo, que pudessem aumentar imediatamente as vendas, a Mercedes optou pela sofisticação. Inclusive porque a iminência da chegada de fabricantes chinesas, que têm caminhões mais baratos, dificultaria esta estratégia. A ideia é ampliar o prestígio de seus produtos e tornar a marca mais desejada, mesmo caminho adotado no segmento de semipesados e pesados por Volvo e Scania.

Mercedes-Benz Atego

A Mercedes batizou o processo de modernização de sua linha com o nome de Econfort – para representar as ideias de economia, conforto e força/desempenho. No total, foram implementadas nada menos que 40 novidades, desde a colocação de um cabide novo na cabine até a adoção de eixos sem redução nos cubos. Nessa linha, a marca promete, por exemplo, uma economia de até 6% e redução de custos de manutenção com a aplicação do câmbio PowerShift.

A transmissão automatizada tem recursos como EcoRoll, que é uma espécie de “banguela controlada”. Há ainda uma programação específica para situações que exigem força, a Power, e outra para facilitar as movimentações mais delicadas e lentas, chamada apropriadamente de Manobra. Pelas vantagem alardeadas pela montadora, o custo de R$ 5 mil para o câmbio não chega a ser alto. Ainda mais diante dos valores. O semipesado Atego 2430 custa R$ 235 mil. Já o pesado/extrapesado Axor começa em R$ 244 mil e vai a R$ 405 mil, dependendo da configuração. Já o extrapesado Actros sai por R$ 335 mil.

Mercedes-Benz Axor

Primeiras impressões

Porto Alegre/RS – A tecnologia dos caminhões da Mercedes-Benz facilita bastante a vida do motorista. O posicionamento do assento diante do volante é mais personalizável que em carros: altura, inclinação do encosto, do assento e distância são milimetricamente regulados. E ainda tem o nível de rigidez da suspensão pneumática do banco. A não ser pelo volante, pedais e alavanca de freio de estacionamento, todos os comandos nos modelos com o câmbio automatizado PowerShift são eletrônicos.

No test-drive realizado no Autódromo Velopark, modelos das linhas Atego, Axor e Actros estavam disponíveis com diferentes níveis de carga e com configurações distintas. Quanto mais pesado o caminhão, mais lentas as reações e mais agradável a condução. A transmissão “lê” a carga, através de um sensor nos eixos, e define em que marcha vai movimentar o caminhão – em primeira, terceira ou até em quinta marcha. O alvo é sempre a maior economia de combustível possível. Desse jeito fica fácil ser um caminhoneiro eficiente.

Fotos - Mercedes-Benz Atego

Mercedes-Benz Atego

Interior do Mercedes-Benz Atego

Interior do Mercedes-Benz Atego

Fotos - Mercedes-Benz Axor

Mercedes-Benz Axor

Fotos - Mercedes-Benz Actros

Mercedes-Benz Actros

Mercedes-Benz Actros


Autor: Eduardo Rocha (Auto Press)
Fotos: Divulgação